sexta-feira, 5 de agosto de 2016



Já ouvi tantas promessas e nenhuma compridas
Muitas saudades pra poucas demonstrações
Já vi tantos risos forçados , aonde forcei alguns
Já ouvi Caetano me declarando
Já te citei Drummond pra dizer te amo
Tentei por vezes explicar sentimentos sem logicas
Já tentei até esconder alguns que estampavam na cara
Já evitei amores por medo das dores
Já vi gritos sufocarem barulho mudos
Tentei por vezes tampar feridas ainda sangrando
Já escrevi lindos textos pra você
mais me assusta a possibilidade de saber que vai ler
Já me senti acordada em tantos sonhos contigo ,
Mesmo com aqueles que não consigo pregar os olhos
Já vi por vezes tentar arrancar algo que já se instalou
Já tentei inutilmente arrumar o coração e o bagunçar mais
Já vi tantas mentiras escondida atras de verdades cegas
Já senti tantos voos com quedas involuntárias
Já abri mão de felicidade achando que a tua me bastava
Já tentei rearranjar a alma em busca de nada
Já fui tão inteira recebendo só metades
Me senti presa buscando liberdade
Por você desafiei medos , desafiei limites
Já me vi ser muito por quem nunca deu valo
Já me fiz nua e transparente e colecionei dores
Agora me vejo querendo outros sabores, amores
Querendo minha paz, meu melhor ...
Ontem citei Drummond pra mostrar sentimentos
Hoje me cito Clarice pra me reerguer
Amanhã ... amanhã talvez continue,
citando e seguindo meus próprios versos .

Jennifer Figueira .





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