sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

 



Eu me vesti do peso 
Carreguei , arrastei 
dentro da minha bagagem 
toda aquela culpa.
Chorei , derramei
aquilo que não me pertencia 
Perdi o sono, fome 
me perdi dentro daquela bagunça 
Andei de mãos dadas com o caos 
Procurei refugio em corações 
que não me quis nem como abrigo 
Lutei contra monstros 
até entende que eu não 
precisava bater de frente 
com as energias que me atacavam .
Fiz as pazes comigo
me quis bem, me perdoei 
me aceitei falha, e imperfeita 
e aos poucos vou me amando 
cada dia mais...
E deixando pra trás 
tudo que não me acrescenta mais .


Jennifer Figueira 



Por tantas noites vaguei 
a procura de algo que fizesse sentido 
me perdi nas esquinas,nos bares 
mergulhei nas superfices ...perdi o ar. 
Dramatizei, jurei não mais amar 
mesmo sabendo que logo logo 
voltaria por algo ou alguém me apaixonar . 


 Jennifer Figueira

sexta-feira, 1 de maio de 2020


É tão mais fácil fugir das dores
mais fácil pintar a vida com outras cores
É mais fácil mentir pra si
não enxergar que o brilho se apagou
que a relação esfriou , e o “nos” se acabou.
É tão mais fácil entender que viver
acompanhada da solidão
é tão mais pratico , é menos doloroso
Dói menos quando eu te tinha,
nos machucando , nos ferindo , indo e vindo
e achando que isso nos mantinha .
Que era difícil arrancar um sorriso,
ou carinho, algo que me desse alegria .
O que tínhamos se desgastou,
agora temos as cores da realidade
um borrão que um dia
foi um belo quadro de amor.


Jennifer Figueira






Não pense em nenhum momento que tem sido fácil
Em madrugadas minhas lagrimas escorrem como um riacho
O silêncio do meu quarto rebate com o barulho da minha mente
escondo as dores, num sorriso falso e indecente
Sinto tua falta, esse afastamento me mata
Dói o peito ,e até chega rasgar a alma
Conto as horas pra que essa dor vá embora
e não tenha mais vai e volta .



Jennifer Figueira



Mostro da Alma .



Talvez os fantasmas que me assombram
seja o mais difíceis de arrancar de dentro ,
os mais difíceis de cuspir , de vomita-los,
de arranca-los la do fundo
aonde eu mesma tenho medo de chegar.
Tirar de mim isso em palavras ou escrita
é tão angustiante ,quanto pensar
Se torna confuso, é como lutar
contra o que eu quero gritar,
e ao mesmo tempo esconder
Tão louco encarar os monstros
bater de cara com os pesos
escrever sobre minhas angustias,
sobre todas as ansiedades, decepções
o meu emocional anda um tanto abalado
tirar daqui as dores das partidas
de pessoas tão queridas .
Não sei se um dia farei falta a elas
já que hoje elas nem se importam
Mas ontem, me amavam tanto .
Tem dias que me sinto fraca,
procuro rumo e não acho
procuro algum sentido na vida
algo que me traga paz, algo que me complete
Tem dias que a tristeza toma conta
e lutar contra isso é o mais complicado
O desespero , anda comigo disfarçado
Tem dias que não suporto a ideia de esperar
o tempo passar , e cicatrizar tudo .
Noutros eu só espero a hora passar...



J. Figueira







quarta-feira, 29 de abril de 2020



É como se não existisse dor,
como se não houvesse mágoa
Daí percebo que em mim só
prevalecesse o meu amor
Por trás de todo o caos que deixou
Tem dias que tua volta me traz um alivio
Tem vez que me sinto perdido
Querendo teu abraço , teu abrigo
É disso que eu fico a espera
Mesmo que seja por algumas horas
mesmo que seja um dia no mês
mesmo que não exista mais ‘nosso jeito’
Fico a espera de te ter novamente
ter o sorriso, o abraço , as broncas
as babaquices tão iguais .
De ter você, mesmo que estranho ,
mesmo que ausente... pai.



J. Figueira




Eu te perdi de várias formas
em cada detalhe a gente se deixava por ai
em cada canto da casa minhas lágrimas inundava
teu orgulho esbarrava,tropeçava, lutava com o meu
Tive noites solitárias com você deitado do meu lado
Dias agitados com poucas palavras trocadas
e assim fomos nos acostumando com ausência
Regando um grande vazio, dando espaços desnecessários
Ainda não sei ao certo o momento que isso se iniciou
mas o fim é nítido, não existe nada que nos ligue
nem aquele amor, que talvez ande adormecido
até ele não conseguiu encontrar o caminho de volta..



J.Figueira