segunda-feira, 13 de setembro de 2010


Fiz de um tudo para não sofrer novamente.
Fiz de um tudo para não lembrar de você.
Fiz de um tudo para esquecer que você nunca existiu.
Fiz de um tudo para fingir que você não marcou minha vida.
Mas... Droga, eu não mando em meu coração.
Nem nunca mandei nesse verme de
órgão que agora só me faz sofrer.
Nunca mandei em meus sentimentos, nem mesmo nas minhas ações,
sempre fui regida pelo coração, pelos meus sentimentos.
E ao chegar você me acolheu, me envolveu, me mostrou um caminho,
uma luz aonde mesmo com todas as brigas, confusões e
coisas erradas existia muito amor, muitas risadas,
muito sentimento, muita verdade.
Pelo menos da minha parte existia, da sua eu não sei mais.
É difícil explicar o que sinto agora.
A minha ficha finalmente está caindo.O mundo está desabando.
Ok, vai ficar tudo bem. Ok, você é mais forte do que isso.
Ok, o mundo não gira em torno de você. OK, isso não é nada.
É o que minha cabeça diz. Mas não é o que
o verme do meu coração sente.
Meu coração só sente um vazio sem fim.
O problema talvez seja que você não nasceu pra ser meu.
O problema talvez seja que eu nasci pra ser sua.
O problema talvez seja que eu entreguei meu coração
a você pensando que você entregaria o seu a mim.
Eu esperei tanto finalmente ter a certeza, a firmeza de alguma coisa.
Eu pensei que o tempo pudesse amadurecer essa certeza,
ou até a distância, mas nada conseguiu mudar.
Sigo aqui, com lágrimas nos olhos, estranha, olhando para o abismo,
te esperando. Eu espero, tu esperas, nós esperamos...
Era assim que eu sonhava conjugar esse verbo, mas só eu espero.
Eu espero. Eu espero. Eu espero. Eu espero todos os dias,
todas as horas para te encontrar,
eu espero que você venha me trazer flores,
despejar tuas palavras mais doces no meu ouvido,
eu espero ser acolhida nos seus braços
... mas você não chega!
Que droga de amor é esse que me faz sofrer tanto?
Que me faz esperar um sonho?
Que me tira da realidade?
Eu não sei. Só sei que não aguento mais esperar por um sonho,
sei que o final será igual ao presente: Sonhos...


Jenny Figueira.

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